O prefeito de Andradas, Rodrigo Lopes, anunciou em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira 23 de janeiro, uma série de medidas que serão adotadas em resposta à crise financeira ocasionada pela falta de repasses por parte do Governo Estadual.
Até o final de 2018 o valor da dívida do Estado com o Município de Andradas já ultrapassava 14 milhões de reais, permanecendo o atual Governo com os atrasos no repasse, que em poucos dias já se aproxima de 1,5 milhão.
O prefeito participou na última segunda-feira, 21, da Assembleia da AMM, Associação Mineira de Municípios. Na ocasião, por unanimidade, os prefeitos resolveram adiar o início das aulas na rede municipal para depois do carnaval, medida vista como necessária devido à falta de recursos para custeio de transporte escolar e demais despesas geradas pelo setor. Segundo Rodrigo Lopes, os alunos não serão prejudicados, uma vez que os 200 dias letivos previstos serão cumpridos.
Outra medida a ser tomada diz respeito ao transporte de estudantes, tanto da rede estadual como alunos das faculdades e ensino técnico. O serviço ficará suspenso até o início das aulas, ou seja, o transporte de estudantes seguirá o calendário municipal de ensino. As creches municipais terão seu funcionamento normal, sem nenhum tipo de paralisação.
Além disso, nos próximos 90 dias, a princípio, todos os eventos realizados pela Prefeitura Municipal serão cancelados. As comemorações do Aniversário de Andradas se limitarão a apenas a um Ato Cívico, sem nenhum evento adicional. Já o carnaval não será realizado.
A área da Saúde não sofrerá nenhuma alteração neste primeiro momento. Enquanto isso, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Transporte Interno realizará um levantamento de todas as obras que se encontram em andamento, ressaltando que, a princípio, nenhuma obra deverá ser paralisada, porém, nenhuma será iniciada neste período.
Um comitê foi formado para deliberar sobre as medidas que estão sendo tomadas e a futuras medidas. Este comitê se reunirá toda semana para analisar a crise e buscar possíveis soluções.
O prefeito informou ainda que, se mesmo com estas medidas a situação não venha a melhorar e o governo Estadual continue retendo os repasses que são direitos do município garantidos pela Constituição Federal, medidas mais extremas poderão ser tomadas, podendo ser decretado estado de emergência e até mesmo estado de calamidade financeira.