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A SETE CHAVES

Camisa utilizada por Pelé em jogo contra a Caldense em 1974 é encontrada

Uniforme pode ser conferido pelos andradenses na sede da Caldense, na vizinha Poços de Caldas

Publicado em 05/01/2023 às 10:45
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Uniforme usado pelo Rei do Futebol não foi lavado (Foto: Renan Muniz/AAC)

A camisa original utilizada por Pelé no amistoso contra a Caldense em 06 de março de 1974 foi localizada após 48 anos e ficará exposta ao público na sede social da Caldense até o dia 20 de janeiro para ser conferida pelos visitantes.

A camisa foi autografada e entregue após o jogo para Ricardo Alvisi, filho do radialista Lázaro Walter Alvisi e ficou guardada por quase cinco décadas e agora será exibida pela primeira vez ao público.

“Estava lotado o Cristiano Osório, porque todo mundo queria ver o jogo. Eu tinha 14 para 15 anos e fiquei perto dos vestiários. O Pelé foi substituído após uma cobrança de escanteio e quando ele saiu eu pedi a camisa para ele na entrada do vestiário. Ele me entregou, pois sabia que eu era filho do Lázaro Walter Alvisi, o Lólo, e autografou a camisa. E guardo ela a sete chaves como lembrança até hoje”, contou Ricardo.

A lendária camisa nunca foi lavada, está exatamente como era no instante em que Pelé deixou o gramado do estádio naquela noite chuvosa de quarta-feira. Possui marcas do jogo, manchas de barro e guarda o suor do Rei. Inclusive, por conta da umidade do tecido, o maior jogador de todos os tempos teve dificuldades para autografar a camisa. Mas é possível ler o escrito: ‘Do amigo Edson Pelé’.


Pelé já havia estado em Poços em 1958 durante a preparação da Seleção para a Copa da Suécia e retornou à cidade, 16 anos depois. A partida entre Santos e Caldense foi um combinado como parte do pagamento da venda do lateral-direito alviverde Luiz Carlos Beleza ao alvinegro praiano. 

“Foi muito legal. Isso deu um fluxo de caixa muito grande para o clube e eu ganhei 15% do passe. O estádio lotou, estava uma chuva forte e mesmo assim a torcida compareceu. Infelizmente o Santos ganhou de 1 a 0, gol de Adílson, mas a Caldense fez um grande jogo”, lembrou Luiz Carlos, que acompanhou a partida na arquibancada.

E se algum colecionador ficar interessado pela histórica camisa, pode esquecer. O artefato tem um grande valor simbólico para a família de Lázaro Walter Alvisi, que narrou os jogos da Veterana por décadas. “A recordação da história é muito mais bonita do que qualquer coisa. Não troco, não vendo, não dou e não empresto”, disse Ricardo.

A visitação à camisa exposta na sede social da Caldense - na Rua Pernambuco, nº 1.145, centro - é aberta a associados e visitantes e pode ser feita em horário comercial.

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