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ABSURDO

Pais e padrastos cometem 40% dos casos de agressões e estupros em MG

De acordo com dados o Disque 100, 82% das vítimas são do sexo feminino

Publicado em 26/05/2021 às 23:00
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Meninas estão vulneráveis diante de pais e padrastos (Foto: Pixabay)

Quase metade dos casos registrados de denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes em Minas Gerais tem como agressores pais e padrastos. Os dados foram apresentados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A Superintendente de Participação e Diálogos Sociais da secretaria, Ana Carolina Gusmão da Costa, apresentou dados do Disque 100, do Mapear (elaborado pela Polícia Rodoviária Federal) e do Observatório da Segurança Pública. Segundo ela, as agressões denunciadas, incluindo o estupro de vulneráveis, acontecem na maior parte dos casos dentro dos domicílios.

“Pais e padrastos são acusados em 40% dos casos, e 82% das vítimas, segundo o Disque 100, são do sexo feminino. Tivemos um pequeno decréscimo no número de casos comparando os três primeiros meses de 2020 aos três primeiros meses de 2021. Mas aí podemos atribuir isso às questões relacionadas à pandemia. Sabemos das dificuldades das vítimas de saírem de suas situações atuais e das pessoas próximas denunciarem”, explicou.

Coordenador do Fórum de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de Minas Gerais e da Associação Circo Belô, Moisés Barbosa Ferreira Costa reclamou da falta de dados mais atualizados sobre exploração sexual, tendo em vista as mudanças trazidas pela pandemia.

“Precisamos de ferramentas mais eficazes porque agora temos divulgação de menores de idade em exploração sexual via WhatsApp, algumas são inclusive exploradas no ambiente virtual, sem o encontro pessoalmente. Como vamos chegar até esses casos? Se não entendermos de fato onde e como está acontecendo, impossível enfrentar com qualidade esses casos”, afirmou.

A deputada Laura Serrano lembrou que, pelo Disque 100 e pelo 180, qualquer pessoa pode denunciar gratuita e anonimamente violações de direitos humanos, 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. “Fundamental que todos tenham conhecimento disso”, reforçou.

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