A Comissão de Obras da Câmara de Andradas solicitou à justiça orientações sobre a substituição do amianto na rede de água do município. Medida foi tomada após vereador apresentar requerimento apontando os riscos que o produto poder representar à saúde.
Um requerimento do vereador Guto Liparini apresentado no mês de abril apontou a utilização de material composto de amianto na rede de fornecimento de água de Andradas por parte da Copasa. De acordo com o documento, o material é danoso à saúde e pode colocar em risco a população.
Após os questionamentos, a gerência da Copasa enviou uma resposta à Câmara, em que confirma a existência de materiais e tubulação de amianto na rede de distribuição do município, afirmando que "a implantação das adutoras e redes de distribuição em cimento amianto no sistema de abastecimento de água de Andradas antecede a concessão da prestação de serviços pela Copasa neste município” e representam 5,8% do total das redes.
Ainda segundo a resposta da Copasa, nem a legislação vigente, nem a Organização Mundial da Saúde apontam evidência de que o amianto ingerido pelo consumo de água cause danos à saúde.
Diante das explicações - e com base em uma decisão da Justiça de São Paulo proibindo o uso do amianto por parte da Sabesp e na proibição por parte do Supremo Tribunal Federal da produção e venda de amianto no Brasil -, a Comissão de Obras encaminhou documentos ao Ministério Público de Andradas e à Procuradoria Geral do Estado solicitando informações e orientações quanto às medidas que poderiam ser tomadas pela Câmara Municipal e demais órgãos para que a situação seja regularizada.
