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Sessão da Câmara debate maus tratos de animais em Andradas

Membros da Associação Focinho Carente falaram sobre o grande número de casos registrados sem que os criminosos sejam punidos.

Publicado em 14/10/2015 às 05:02

Para defender os direitos dos animais e exigir que os casos de maus tratos cessem no município, membros da Associação Focinho Carente participaram ontem (13), de audiência na Câmara de Vereadores de Andradas. Cerca de cinquenta integrantes da ONG compareceram e por quase duas horas apresentaram aos vereadores todos os problemas que o município enfrenta no que se refere aos maus tratos de cães, gatos e outros tipos de animais como cabras e cavalos. De acordo com eles, casos como esfaqueamentos, envenenamentos e outros tipos de maus tratos como abuso sexual acontecem rotineiramente em Andradas.

A representante da Associação Focinho Carente Nina Pianta usou o parlatório para demonstrar toda a sua indignação. De acordo com ela, as autoridades municipais não estão dando prosseguimento as denúncias mesmo quando documentadas com fotos e vídeos e os agressores raramente são punidos por aqui. “Quando denunciamos algum crime contra os animais, não acontece nada. As denúncias não vão para frente, não entendemos o motivo. Estamos aqui para saber a quem de fato devemos recorrer para ver a lei ser cumprida”, disse Nina em tom de desabafo. Agora, ela espera que uma audiência pública aconteça envolvendo a população, os responsáveis pela segurança e demais agentes públicos como prefeito, vereadores, juízes e promotores de justiça.

O presidente da Câmara Hamilton Raimundo disse que os vereadores farão todos os esforços para que em Andradas os criminosos que maltratam animais sejam efetivamente punidos. O objetivo é promover a audiência pública solicitada pela ONG. Porém, nenhuma data foi estipulada até o momento para a realização da audiência. Hamilton também contou que os vereadores concordaram em disponibilizar a Prefeitura Municipal a quantia necessária para que o Centro de Zoonose, que já existe no Bairro do Capitão, seja ampliado e adequado de acordo com as necessidades dos animais. “O pedido partiu do vereador Ricardo Felisberto dos Reis e foi aceito por todos. Vou conversar com o prefeito Rodrigo Lopes e sugerir que ele faça um planejamento para sabermos quanto custa para adequar o centro de zoonose as necessidades dos animais. Então, iremos liberar o dinheiro, adiantando parte do valor que seria devolvido aos cofres públicos no final do ano”, explicou o presidente da Câmara.

A equipe de reportagem do Portal da Cidade entrou em contato com o delegado de Polícia Civil Fabrício Mendes Mariano para saber sobre a forma como o trabalho é realizado na cidade no que se refere aos maus tratos dos animais, mas ele estava em reunião e não pôde atender a reportagem.

Por repórter Sandro de Pontes

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