A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) denunciou uma suposta decisão da Secretaria de Estado de Saúde (SES) de furar a fila da vacinação contra a Covid-19 em favor dos próprios funcionários administrativos.
Parlamentares mineiros fizeram críticas ao secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, após ele próprio admitir que aproximadamente 500 servidores administrativos do setor foram vacinados, por sua decisão. Muitos deles não têm contato com o público e portanto não seriam prioridade, de acordo com o Plano Nacional de Imunização.
Presidente da Comissão de Saúde da ALMG, o deputado João Vítor Xavier, cobrou providências do governador Romeu Zema sobre os fura-filas da Secretaria de Saúde. “Até o dia de hoje, o problema do fura-fila é um problema do secretário de Saúde. A partir de agora, se não for resolvido, é um problema do governo”, afirmou o deputado.
Diante da situação, Romeu Zema foi às redes sociais para dizer que iria enviar a lista com os nomes dos servidores vacinados. "Determinei o envio imediato à Assembleia Legislativa a lista de todos os servidores da Secretaria de Saúde que foram vacinados", escreveu Zema em uma postagem no Twitter.
Por conta da denúncia, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, foi afastado do cargo na noite de quinta-feira, 11, pelo governador.
A ALMG vai investigar a vacinação contra Covid-19 dos servidores que estariam fora das prioridades definidas no Plano Nacional de Imunização. Durante reuniões, chegou a ser sugerida, inclusive, a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e uma possível acusação do secretário por improbidade administrativa.
