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CORONAVÍRUS

Nova projeção aponta pico da Covid-19 no final de maio

“Flexibilização ainda não é realidade”, afirma o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Saúde

Publicado em 17/04/2020 às 05:00
Atualizado em

Estudo demonstra eficácia do distanciamento (Foto: Agência Minas)

As medidas de distanciamento social aplicadas em Minas Gerais têm conseguido atrasar a propagação do coronavírus e evitar a sobrecarga da rede de saúde no estado. É o que se pode inferir, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), com a nova projeção para a curva epidemiológica de casos da Covid-19. Em coletiva à imprensa, o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, explicou que as estimativas da semana passada apontavam uma demanda de cerca de 5.500 pessoas acometidas durante o pico da epidemia, o que foi reduzido para cerca de 4.200, segundo o estudo atual.

“Já distanciamos o pico para o dia 27 de maio. O cidadão tem respeitado o distanciamento e se isolado. Isso trará benefício para toda a sociedade”, disse Amaral. A ocupação de leitos, em geral, por pacientes suspeitos para Covid-19, está em torno de 4%, no momento.

Planos e ações

Na oportunidade, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, também anunciou a inclusão do laboratório do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), da Faculdade de Medicina da UFMG, à Rede de Laboratórios Públicos que farão testes para detectar a doença.

Amaral ainda apontou que, neste momento, a SES-MG está finalizando a elaboração dos Planos Macrorregionais de Contingência para a Covid-19.

“Nesses planos teremos definidos quais hospitais vão atender apenas pacientes de Covid-19 e quais serão aqueles que vão atender as outras necessidades de saúde. Isso é importante, por exemplo, pois se a pessoa precisou ir ao hospital por outro motivo, ela não estará submetida a risco adicional para contrair a doença. Além disso, teremos protocolos sobre coleta de exames e outras especificidades no manejo clínico”, esclareceu.

Carlos Eduardo Amaral ainda adicionou que a SES-MG, desde janeiro, tem mapeado os leitos existentes na rede estadual, e que o Plano Estadual de Contingência já se encontra na segunda atualização. 

Equipamentos

“Em relação aos leitos, nós temos o entendimento de que, neste momento, devemos fortalecer as estruturas já existentes, tanto nos chamados leitos clínicos, que recebem pacientes que precisaram procurar por serviço hospitalar, mas que não estão com quadro tão grave, bem como a terapia intensiva, para os pacientes com as condições de maior risco. Isso não afasta a possibilidade de o município tomar suas medidas, ou fazer hospitais de campanha, por exemplo, dentro da autonomia que eles possuem”, disse Amaral.

Cautela

Em relação às possibilidades de retorno de atividades não essenciais, o secretário adjunto da SES-MG, Marcelo Cabral, apontou que ainda não são factíveis para o momento e que todas as medidas nessa direção serão embasadas por critérios técnicos e científicos.

“Flexibilização ainda não é realidade. A solução incontroversa é o isolamento e distanciamento social. A epidemia nos impõe uma situação em que haverá distanciamento por algum tempo, ainda que com grau de menor intensidade. De todo modo, temos interlocução constante junto à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), para termos dados e, de forma segura, possamos indicar o que pode retornar ou não”.



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