Aumentos nas contas de luz de consumidores de diversos municípios mineiros, inclusão de nomes de inadimplentes em órgãos de proteção ao crédito e interrupção do fornecimento de energia elétrica. Essas foram algumas das reclamações levantadas, nesta terça-feira, 09, em audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que debateu a gestão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) no contexto da pandemia de Covid-19.
O deputado Carlos Henrique destacou que há reclamações nesse sentido e também se sentiu lesado com o aumento da conta de luz da sua residência. “Mesmo ficando mais em casa com a pandemia, a fatura que vinha em torno de R$ 200 passou para cerca de R$ 500, o que não se justifica”, relatou. Ele disse que solicitou revisão e foi atendido.
Também destacou diversos casos de aumento na fatura de energia o presidente da comissão, deputado Repórter Rafael Martins. Ele acrescentou que apenas o seu gabinete encaminhou 20 pedidos de explicação à Cemig referentes a esses aumentos, sendo que não houve nenhuma revisão das faturas.
Interrupção de energia
O deputado Ulysses Gomes destacou que há relatos de 19 municípios do Sul de Minas, que têm sofrido com a interrupção do fornecimento de energia elétrica, sobretudo, no fim do dia. Ele acrescentou que moradores dessas cidades também relataram que picos de energia estão queimando equipamentos elétricos e causam prejuízos.
Cemig diz que aumento exorbitante é exceção
A superintendente de Proteção da Receita da Cemig, Silvia Cristiane Martins Batista, enfatizou que os exemplos citados de aumento significativo na fatura de energia devem ser analisados caso a caso e que eles são exceção.
Conforme relatou, na última semana de março, diante do contexto de pandemia e para preservar clientes e trabalhadores, a Cemig, em vez de fazer a leitura nas residências, optou por fazer uma média dos últimos 12 meses para quatro blocos de consumidores. “Mesmo assim, para 80% dos clientes, a leitura e faturamento ocorreram de forma normal”, disse.
Essa média, segundo participantes da reunião, contribuiu para o aumento da fatura, uma vez que incluiu os meses de dezembro e janeiro, período de festas, férias e calor, com a presença de mais pessoas em casa e com uso de equipamentos para refrescar.
Sobre os problemas relatados em municípios do Sul de Minas, Silvia disse que vai analisar os casos citados.