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PREJUÍZO

Seca pode comprometer a produção mineira de café em 2021

Estiagem da primavera fez com que alguns perdessem até 100% das lavouras

Publicado em 14/12/2020 às 21:00
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Produtores terão apoio de até R$ 160 milhões (Foto: Epamig)

As medidas emergenciais de socorro aos cafeicultores das regiões Sul e Sudoeste de Minas Gerais, que foram castigados por uma severa seca na primavera deste ano e, em muitos casos, perderam até 100% de suas lavouras, foram tema de uma audiência pública da Comissão de Agropecuária e Agroindústria, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

A reunião contou com a participação da secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Valentini, por meio de videoconferência. Ela destacou que já era esperada para 2021 uma redução de cerca de 35% na safra do café, em decorrência da bienalidade negativa. “Mas, infelizmente, para alguns produtores a perda vai ultrapassar esse percentual, chegando a 100% da produção”, observou.

Ela ressaltou, também, que o Conselho Monetário Nacional (CMN) já aprovou a ampliação dos recursos do Funcafé, passando de R$ 10 para R$ 160 milhões a quantia disponibilizada aos produtores afetados por intempéries climáticas.

“Com estes recursos será possível atender até 50 mil hectares de café irrigado e, agora, o Funcafé conseguiu elevar de R$ 3 mil para R$ 8 mil o limite por hectare. Como esse recurso tem que ser acessado diretamente pelo produtor, a produção de relatórios e laudos realizada pela nossa vinculada Emater-MG é muito importante para que o cafeicultor esteja de posse desses documentos quando procurar o seu agente financeiro”, afirmou Ana Valentini.

Prévia das perdas

Marcílio de Sousa Guimarães, superintendente federal em Minas Gerais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), informou que uma prévia do levantamento das perdas na safra mineira de café, produzido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), deverá ser apresentado ao Mapa já na quinta-feira (17/12).

“Isso dará um norteamento maior para tomarmos outras medidas. O Mapa está atento, temos ouvido as entidades ligadas ao café e vamos, com certeza, achar uma solução. Mas é importante dizer que não podemos obrigar os agentes financeiros a tomarem estes recursos. Portanto, precisamos sensibilizá-los e acho que isso acontecerá com a demanda. Quanto mais demanda chegar, mais eles irão se interessar em pegar esse recurso para poder emprestar”, complementou.

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